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Operadores de granéis sólidos do porto de Paranaguá preveem aumento de 8,5% nas exportações no terceiro trimestre do ano, com alta nos embarques de soja, farelo de soja e açúcar ante o mesmo período do ano passado, enquanto o milho deve ter queda, informou a administração portuária nesta quinta-feira.
O porto paranaense, um dos principais exportadores de produtos agrícolas do Brasil, deverá embarcar cerca de 7,6 milhões de toneladas no período, considerando os quatro produtos, conforme nota que cita operadores portuários.
Os operadores portuários avaliam que a soja seguirá como o produto mais movimentado, com 3,67 milhões de toneladas, enquanto o farelo de soja terá embarques de 1,3 milhão de toneladas, uma alta anual de aproximamente 30%, somando os dois produtos.
A forte demanda da China é um dos fatores que impulsionam este ano as exportações da soja, disse o diretor da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (ATEXP) e gerente do terminal da Cargill, André Maragliano, em nota divulgada pelo porto.
Além da demanda chinesa, o câmbio também tem ajudado, acrescentou ele.
"Esperamos um terceiro trimestre muito positivo, seguindo os dois primeiros trimestres do ano", disse Maragliano.
De açúcar a granel, o volume esperado para os próximos três meses é de 1,45 milhão de toneladas, alta de cerca de 75%, com o Brasil produzindo mais o adoçante, diante de melhores preços comparativamente ao etanol e maior demanda externa enquanto outros países tiveram quebra de safra.
O porto espera movimentar cerca de 1,2 milhão de toneladas de milho no próximo trimestre, ante 2,42 milhões de tonelada exportadas no mesmo período do ano passado.
Os operadores lembram que o cenário das exportações do produto foi atípico em 2019, quando o país começou o ano com mais estoques e exportou volumes recordes após a colheita de uma grande safra.
O diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, disse que, a "apesar do momento de pandemia, a atividade portuária e a atividade agrícola do Estado continuam fortes".
Ele lembrou que as exportações têm sido impulsionadas também pelo tempo seco, que favorece os embarques, além da safra recorde de soja.